Pequeno resumo da vida de Bobby Fischer
Fischer     Na idade de seis anos, Fischer aprendeu como jogar xadrez e teve imediatamente uma paixão para o jogo. Em 1957, transformou-se no campeão júnior mais novo de xadrez dos Estados Unidos, derrotando o mestre internacional, Donald Byrne. Na idade de quatorze, tornou-se o campeão americano sênior mais novo, batendo Samuel Reshevsky. Quando tinha dezesseis, abandonou a escola, de modo que pudesse jogar xadrez como uma carreira em tempo completo.
Sobre a escola:
    Você não aprende tudo na escola. É um desperdício de tempo. Você se envolve em torno dos livros e faz o trabalho de casa. Dão muito trabalho de casa. Você não deve fazer o trabalho de casa. Não há ninguém interessado nele. Os professores são estúpidos. Não deveria haver mulheres lá dentro. Não sabem ensinar. E não devem fazer qualquer um ir à escola. Eu não escuto os weakies [termo do Bobby para quem não joga xadrez ou para os jogadores de xadrez que são mais fracos do que ele mesmo]. Eu odiei a escola. Você tem que se misturar com aquelas crianças estúpidas. Os professores são mais estúpidos que as crianças. A metade deles é louca. Se eu pudesse, eu largaria antes de completar dezesseis.
    Em 1958, transformou-se no grande mestre mais novo e ganhou também o Campeonato dos Estados Unidos. Durante 1970-1971, ganhou vinte jogos, perdeu um e empatou três jogos contra o Campeão mundial soviético Tigran Petrosyan. Em 1972, em Reykjavik, Islândia, transformou-se no primeiro americano a receber o título: Campeão mundial de xadrez, quando derrotou Boris Spassky da União Soviética .
    Em 1975, recusou desafiar Anatoly Karpov no DES Echecs Internationale Federation, porque se sentiu despreparado para o jogo, fazendo a Karpov o vencedor. Em 1996, criou seu próprio jogo chamado Fischerandom xadrez. Bobby Fischer tem uma personalidade muito inábil. Depois de sua disputa com os Russos, ele desapareceu por duas décadas. Fischer é muito anti-social, porque é assim no xadrez. Ele estuda com tabuleiro de xadrez noite e dia, e seus amigos eram aqueles que jogavam com ele. É asexual; não é muito afeiçoado das mulheres na sociedade de hoje ou de nenhuma outra maneira. Não gosta de comunistas, mas é muito afeiçoado dos aristocratas.
    É uma pessoa muito difícil de compreender. Quando foi marcado o match contra Anatoly Karpov, recusou jogar, e desapareceu. Alguns anos mais tarde, foi descoberto em um hotel, jogando xadrez com ele mesmo. Fischer é tímido, delicado e tímido. É muito homofobico, e detesta todos os homosexuais.

Fischer preso no Japão 24.07.2004 Preso no japão o Ex Campeão Mundial de Xadrez Bobby Fischer
Bobby Fischer apela pela sua saída e denuncia maus tratos no Japão.
Autoridades japonesas detiveram o ex campeão mundial Bobby Fischer no Aeroporto Internacional Narita em Tokio. Fischer, de 61 anos, tentava sair do Japão rumo a Filipinas, as autoridades se apressam em deporta-lo aos Estados Unidos. Uma amiga japonesa de Fischer, Miyako Watai, Presidente da federação Japonesa de Xadrez, que pode visita-lo no centro de detenção do aeroporto Narita, disse que Fischer está totalmente esgotado por sua prisão, ele também reclamou dos maus tratos por parte dos funcionários de imigração de Narita que lhe cobriram a cabeça com uma bolsa e o maltrataram no momento de sua prisão, segundo sua amiga, que presenciou Fischer se debatendo com os guardas. Fischer, Procurado pelas autoridades dos Estados Unidos por ter participado de um jogo de xadrez na Yugoslavia em 1992, em violação as sanções internacionais impostas nessa época contra esse país. A pena para este crime pode chegar a 10 anos e Fischer procura por asilo político para não ter que voltar aos Estados Unidos e correr o risco de passar seus últimos anos de vida trancado em uma prisão Norte Americana.

Miyoko Watai 17.08.2004 O Ex Campeão Mundial de Xadrez Bobby Fischer se casa para evitar sua extradição. O Ex Campeão Mundial de Xadrez o Americano Bobby Fischer, detido no japão em posse de um passaporte vencido, decidiu se casar com sua companheira japonesa Miyoko Watai, com a intenção de evitar sua expulsão e uma provável estradição para os Estados Unidos. "Watai é a presidente da Associação de xadrez do japão, ela e Fischer vivem juntos desde o ano 2000 e agora decidiram legalizar sua união", confirmou o advogado de Fischer, Masako Suzuki. O mítico Ex Campeão Mundial, procurado em seu país por haver violado o bloqueio contra a antiga Yugoslavia en 1992, comunicou no passado 06 de agosto seu repúdio por sua nacionalidade para evitar a extradição para os Estados Unidos.

07.09.2004 Bobby Fischer é entrevistado na prisão "Estão prontos para me julgar e matar-me"
Bobby fez declarações por mais de uma hora. Há algumas de suas observações mais importantes de sua entrevista com a rádio bomba aqui:
RB: Bobby como está?
Rf: Não muito bem. Eu fui prendido ilegalmente em 13 de julho quando estava indo pegar um vôo para Manila. Eu estive na prisão desde então. Estão se preparando para me deportarem para os Estados Unidos onde serei assassinado. Dizem que meu passporte estava revogado. Isso é uma mentira absoluta. Meu passporte estava regular e era perfeitamente válido. Cancelaram-no e a embaixada perfurou-o. Agora estão preparando a deportação por usar um passporte inválido.

RB: Por que você ainda não foi deportado?
Rf: Estavam esperando que o povo ficasse com a atenção voltada para os jogos olimpicos pela TV. Minha historia será pequena e ninguém dará atenção. É questão de tempo. Eu serei acusado, convicto, sentenciado, posto na prisão assassinado.

RB: Você está preparado para enfrentar a justiça dos estados unidos?
Rf: Não há nenhuma justiça lá. Estão prontos para me julgar e matar-me. É difícil deportar-me porque "o suposto crime" qual eu cometi em 1992, não é um crime em nenhuma parte do planeta. Assim fizeram todo este circo ao redor disso dizendo que tinha um passaporte ilegal. Não me tocaram na Suíca, aquele é um país neutro, mas esperaram que eu chegasse ao Japão, onde os estados unidos têm o controle.

RB: Os estados unidos admitem ter revogado seu passporte, mas não o avisaram sobre essa revogação...
Rf: Eles eram obrigados a me avisarem sobre esta revogação, e eu tenho então o direito de apelar em relação a isso. Não podem não fazer nada quando for a apelação. Na lei que diz (Fischer menciona artigos do código correspondente), eles não pode tocar no passporte, deixá-lo ou destruir, de acordo com suas próprias leis, seus próprios regulamentos.

RB: Bobby, que você pensa da carta que escreveu Boris Spassky ao presidente Bush em seu caso?
Rf: Eu a li e eu não gostei do tom. Está tentando pôr-me como um louco. E está pedindo a clemência de Bush? Que é isso?

RB: Spassky disse que você fêz algo incorreto, ele fêz o mesmo e que deveriam pô-lo em uma cela com você...
Rf: Eu não quero Spassky em minha cela. Prefiro uma mulher. Que tal essa jovem russa? qual é seu nome? Kosteniuk? Spassky é um "inimigo" bom; (inimigo e amigo)

RB: Sobre sua situação... As autoridades japonesas estão seguindo as leis?
Rf: Eu penso de que os estados unidos queriam me deportar dois dias depois de minha prisão. Tentaram me fazer parecer um fugitivo, correndo e escondendo com um passporte ilegal, pelo quê fui detido. Mais tarde todo o mundo se deu conta dessa farça. Ainda bem que ainda existem muitas pessoas honestas que não jogarão a favor da America do Norte.

RB: Bobby, você está em uma prisão japonesa. Como é possível que você nos fale com tanta liberdade?
Rf: Isso é a coisa boa daqui. Me deixam falar no telefone. Há uma câmera que me filma e microfones por toda parte . Se parece com 1984 (de George Orwell). Mas com exceção disso, todos foram amáveis aqui.

A entrevista do áudio, em mp3, pode ser escutada no site oficial de bobby Fischer: home.att.ne.jp/moon/fischer/

22.03.2005 Parlamento islandês concede cidadania a Fischer
O parlamento da Islândia decidiu hoje, segunda-feira (21/03/05), por 40 votos a favor e duas abstenções, conceder a cidadania islandesa ao enxadrista americano Bobby Fischer, detido desde julho no ano passado no Centro de Detenção de Imigrantes de Ushiku (Japão). Assim, as autoridades japonesas podem permitir que Fischer deixe em breve o Japão e vá para a Islândia, evitando assim a deportação para os Estados Unidos. Em seu país natal, Fischer está sendo processado por violar em 1992 uma proibição expressa do governo de Washington de viajar para a antiga Iugoslávia. Fischer, que será informado sobre a decisão do parlamento islandês amanhã de manhã, pode sair do Centro de Detenção na terça-feira da próxima semana, quando as autoridades da Islândia prevêem que ele possa receber seu novo passaporte. O parlamento islandês já havia negado a cidadania ao enxadrista, oferecendo-lhe em troca um passaporte especial de estrangeiro com visto de residência, mas o Japão negou a repatriação com este procedimento, por isso as autoridades da Islândia tiveram de lhe conceder a cidadania. Na Islândia existe uma ampla simpatia por Bobby Fischer, já que foi em Reykjavík que o enxadrista americano tornou-se campeão do mundo em 1972 após disputar uma mítica partida com o então soviético Boris Spassky. Alguns fãs de xadrez da Islândia já até lhe ofereceram uma casa no país. Fischer foi detido em 13 de julho no Japão por viajar com um passaporte invalidado pelos Estados Unidos. Desde então, ele está preso em Ushiku à espera da deportação para os Estados Unidos. O enxadrista renunciou à nacionalidade americana e solicitou a islandesa para impedir que as autoridades japoneses a extraditassem a seu país de origem.

24.03.2005 Enxadrista Bobby Fischer já pode deixar o Japão
Após oito meses preso, o enxadrista Bobby Fischer recebeu nesta quarta-feira a permissão do governo japonês para deixar o país e viajar para a Islândia, que o concedeu cidadania, evitando assim sua deportação aos Estados Unidos. Ex-campeão mundial, Fischer esteve detido no Centro de Detenção de Imigrantes de Ushiku por viajar com um passaporte americano irregular. Fischer solicitou cidadania islandesa e, depois de uma recusa inicial, teve seu pedido atendido pelo governo local, na última segunda-feira. O enxadrista é muito popular na Islândia, onde conquistou o título mundial após bater o soviético Boris Spassky em um confronto que entrou para a história do esporte, em 1972, época da Guerra Fria entre Estados Unidos e União Soviética.

07.04.2005 Fischer: "Os EUA são o mal do mundo"
O ex-campeão mundial de xadrez Bobby Fischer exibiu seu famoso anti-semitismo na Islândia, cujo Parlamento lhe concedeu a cidadania no mês passado, e criticou os Estados Unidos, seu país natal. "Os Estados Unidos, controlados pelos judeus, são o mal. Falam do fato do mal. Mas e os aliados do mal? E Estados Unidos, Grã-Bretanha, Japão, Austrália e outros? São eles que fazem o mal", declarou Fischer à imprensa em Reykjavík. O lendário enxadrista, que considera que o esporte dos tabuleiros "morreu" para ele, já havia comentado, na sua saída do Japão, que o governo daquele país é "criminoso". "Koizumi é um gângster, ele cumpre ordens do presidente Bush. "Isso é tudo", declarou em suas últimas horas no Japão. Fischer tem um conhecido caráter anti-semita, que não esconde, apesar de ser filho de mãe judia. Fischer, de 62 anos, estava detido desde 13 de julho no Centro de Detenção de Imigrantes de Ushiko, nordeste de Tóquio, por tentar usar um passaporte revogado pelos EUA, que tem ditada contra ele uma ordem de busca e captura. O Parlamento islandês concedeu a Fischer a cidadania islandêsa, o que permitiu às autoridades migratórias japonesas deportarem o enxadrista para a Islândia.

28.05.2005 Bobby Fischer retorna ao xadrez ?
Boris Spassky voltou a passar pela Islândia para fazer uma visita a seu velho amigo e outrora adversário Bobby Fischer. Foi uma reunião demorada entre as duas estrelas de xadrez, que não se viam desde seu encontro em Budapeste em 1994. Spassky expressou sua alegria pela liberdade de Bobby e sua nova vida na Islândia. Esteve acompanhado pelo presidente da ACP, o GM Joel Lautier e o Dr. Alex Titomirov, cientista russo-americano e homem de negócios, que sugeriu a Fischer que volte ao xadrez para enfrentar-se num match à modalidade Fischer Random com algum adversário digno para a ocasião. Este acontecimento histórico, se acontecer, se celebraria na Islândia no ano que vem. Não se atingiu nenhuma decisão concreta, mas ficaram em voltar a reunir-se ao cabo de 2 ou 3 semanas. O encontro foi organizado com a ajuda do GM Helgi Ólafsson e de Einar S. Einarsson, o presidente do grupo RJF.

06.06.2005 Bobby Fischer desafia Kasparov e Karpov a jogar um torneio mundial
     O lendário enxadrista Bobby Fischer desafiou aos russos Gary Kasparov e Anatoly Karpov a medir-se com ele num campeonato mundial "não combinado" na modalidade Random, onde se sorteia a disposição inicial das peças.

    Fischer, refugiado na Islândia da Justiça de seu país, USA, fez esta proposta numa entrevista ao semanário russo "Rodnaya Gazeta", apesar de que segue convicto de que Kasparov e Karpov são "mentirosos e fariseus" que "jogavam partidas combinadas".

    Tão extravagante como sempre, Fischer insistiu em que ele é "o último grande campeão mundial", apesar de que em 1975 foi privado do título "de maneira indignante e ilegal", e reiterou sua tese de que "desde então o velho xadrez está morrendo". "Aparte de que todos os encontros estão preparados de antemão e todas as trairagens aprendidas de cor, quase todas as partidas e torneios estão combinados", afirmou.

    "Meu único e último interesse no velho xadrez é demonstrar que o encontro Karpov-Kasparov de 1984-85 foi uma montagem preparada pelo Partido Comunista Soviético e o KGB. !E o demonstrarei! Karpov e Kasparov são uns mentirosos e uns fariseus", afirmou.

Duras críticas
    O fato de que Kasparov qualificasse a Fischer como "um dos maiores enxadristas da história" não foi obstáculo para que Bobby mudasse sua opinião: "Eu o chamo criminoso. Kasparov é a personificação do mal". Conquanto se absteve de dar mais qualificativos a Karpov, de Kasparov disse que o mero fato de que este deixasse o xadrez e se lançasse à política para lutar contra o autoritarismo do presidente russo Vladímir Putin "é suficiente para apoiar a Putin".

    Em contrapartida ao xadrez clássico, Fischer defendeu sua própria modalidade, Random, onde a disposição inicial das peças a determina a esmo um computador, ao assinalar que "é um jogo que requer intelecto, e não dinheiro ou "ligações", como no velho xadrez controlado pela Federação Internacional (FIDE)".

    Perguntado sobre seus meios de subsistência, mostrou-se despreocupado ao assinalar que desde seu encontro com Borís Spassky em 1992 tem "uns três milhões e meio de dólares num banco suíço". "Melhor dito, não o tenho em dólares, senão em francos suíços e em lingotes de ouro, pois odeio todo o estadounidense", corrigiu-se em seguida, fiel a sua postura crítica para seu país natal.

    Ao mesmo tempo, afirmou que a fim de popularizar o Random e melhorar ainda mais sua situação financeira, estaria disposto a medir-se nessa modalidade com qualquer jogador de renome, incluídos seus "bestas negras". "Se me oferecem bom dinheiro, estou disposto a jogar até um torneio oficial pelo título de campeão do mundo. Com quem seja, até com os criminosos. Se vires a Karpov ou Kasparov, transmita-lhes minha proposta", disse Fischer aos jornalistas russos.

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