Nesta sexta à noite Garry Kasparov será entrevistado pelo Jô Soares.
Kasparov diz que xadrez melhora as relações sociais Kasparov no programa do Jô
Marília Kodic

Na manhã desta quarta-feira (30), o enxadrista russo Garry Kasparov participou de um café da manhã para convidados no hotel Sheraton WTC, em São Paulo.

Há três dias no Brasil, Kasparov iniciou o bate-papo, que teve duração de aproximadamente 1h, falando sobre a diferença que notou no país em relação a alguns anos atrás: “O Brasil é uma democracia e sua economia está crescendo. Isso é um ótimo sinal para pessoas de países autoritários, como o meu, onde os governantes sempre insistem que só uma mão pesada pode garantir prosperidade”, disse.

Em seguida, falou sobre os benefícios que o xadrez pode levar aos jovens: “Estabelecer disciplina e pensamento lógico, melhorar a atitude e a auto-estima, criar melhores relações com grupos sociais diferentes e gerar melhores resultados acadêmicos”.

Em relação a este último, deu como argumento um episódio acontecido na Alemanha, onde foram analisadas as habilidades matemáticas dos alunos de duas salas, uma que tinha aulas extracurriculares de xadrez, e outra, de matemática, em que a primeira saiu-se melhor.

Contudo, ao ser indagado sobre o uso das habilidades no xadrez para contribuir para a sustentabilidade no mundo, alertou que “não se pode usar o xadrez como solução definitiva para todos os problemas intelectuais. É meramente uma ferramenta que ajuda a melhorar sua visão enquanto está tomando uma decisão – mas a tomada de decisão é tão única nos seres humanos quanto impressões digitais ou DNA”.

Ao falar sobre o “Deep Blue”, supercomputador criado pela IBM que o derrotou em 1997, minimizou a importância do software, alegando que os computadores de hoje em dia são infinitamente mais sofisticados por possuírem conhecimentos psicológicos. “Descobriram como ensinar uma máquina a correr riscos. Como você diz a uma máquina que sacrificar um peão pode compensar para conseguir um ataque ao rei? Pois conseguiram”, disse.

Kasparov também destacou que os computadores têm um “tremendo efeito” no modo com os jogadores de xadrez se preparam hoje em dia: “hoje, todo Grão-Mestre de 16 anos sabe mais do que o Bobby Fischer sabia 40 anos atrás”, declarou.

O enxadrista também falou sobre a vontade de criar duas fundações, em São Paulo e Buenos Aires, dedicadas ao ensino do xadrez nas escolas, projeto que pretende concluir em fevereiro do ano que vem. “Acredito que será de enorme ajuda ao desenvolvimento intelectual dos países”, disse.

Por fim, Kasparov falou sobre seu novo livro, The Blueprint (WW Norton, US$ 26,95, ainda sem previsão de lançamento no Brasil), escrito em conjunto com Peter Thiel e Max Levchin, fundadores do Pay Pal, que fala sobre a atual falta de descobertas tecnológicas.

“Nos últimos 10 anos, o gênero humano tem passado pelo seu pior período de desenvolvimento tecnológico. Só o que temos é progresso incremental, baseado em invenções dos anos 1950 e 60”, disse, dando como exemplos a invenção do GPS, em 1963, e o envio da primeira mensagem por comunicação wireless, em 1969. “O livro inteiro é provocativo”.


Fonte: http://www.fexpar.com.br

19.08.11 Computador campeão ''trapaceou'' em mundial
Programador do Rybka teria roubado código fonte de outras engines Rybka usou código fonte de Fruit
Dylan Loeb McClain

Os enxadristas que usam computadores para trapacear são uma crescente preocupação no mundo do esporte. O desenvolvedor do Rybka, vencedor dos últimos quatro Campeonatos Mundiais de Xadrez para Computador , foi acusado de plagiar o programa.

Rybka perdeu seus títulos e o desenvolvedor, Vasik Rajlich, foi proibido de participar de competições com seus programas.

A decisão a respeito do Rybka e de Rajlich foi tomada pela Associação Internacional de Jogos de Xadrez para Computador, o grupo que organiza os campeonatos.

A associação concluiu que Rajlich, que tem cidadania americana e checa e mora na Polônia, usou o código fonte de programas chamados Crafty e Fruit.

"Estamos convencidos de que as provas contra Casik Rajlich são esmagadoras", afirmou o comitê executivo da associação.

O grupo disse que, ao utilizar o código do Crafty e do Fruit, Rajlich violou a Regra 2 de suas diretrizes, que exige que os programas sejam originais ou então devem indicar outros programadores cujo trabalho foi utilizado.

O presidente da associação, David Levy, que também é mestre internacional, disse em um e-mail que Rajlich foi convidado a se defender, mas recusou.

Quando surgiram os primeiros questionamentos a respeito do Rybka, no início do ano, Rajlich escreveu em um fórum no site do seu programa que "Rybka é e sempre foi um código totalmente original."

O Crafty é um programa de fonte aberta; o Fruit, que antes era vendido comercialmente, agora é gratuito.

Mark A. Lemley, professor de Direito de Stanford, especialista em questões de ciência e tecnologia, diz que como os programas são gratuitos, Rajlich não teria cometido nenhum crime caso tenha copiado parte do código.

Plágio de um código em desafios de xadrez entre máquinas (e mesmo entre máquinas e seres humanos) não são uma novidade. No ano passado, o programa SquarknII foi proibido de participar de campeonatos quando se constatou que diferia apenas em três aspectos de outro software. / TRADUÇÃO ANNA CAPOVILLA


11.08.11 São Paulo assina acordo para organizar final de Grand Slam de Xadrez
Seis dos melhores jogadores do mundo (Anand, Carlsen, Aronián, Nakamura, Ivanchuk e Vallejo) disputarão o torneio. Os prefeitos de São Paulo e da cidade espanhola de Bilbao, Gilberto Kassab e Iñaki Azkuna
Kassab assinou acordo com prefeito de Bilbao para sediar primeira fase da final do torneio

Os prefeitos de São Paulo e da cidade espanhola de Bilbao, Gilberto Kassab e Iñaki Azkuna, assinaram nesta segunda-feira, por meio de uma videoconferência, um acordo para colaborar em diversos campos, inclusive na organização da final do Grand Slam de Xadrez deste ano.

A primeira fase da final do torneio será disputada entre os dias 25 de setembro e 1º de outubro na capital paulista, enquanto a segunda e definitiva acontecerá entre 5 e 11 de outubro, em Bilbao.

O atual campeão do mundo, o indiano Viswanathan Anand, o número 1 do ranking, o norueguês Magnus Carlsen, e outros quatro membros da elite do xadrez mundial (Levon Aronián, da Armênia, Hikaru Nakamura, dos Estados Unidos, Vasyl Ivanchuk, da Ucrânia, e Francisco Vallejo, da Espanha) participarão da competição que será realizada no Parque Ibirapuera.

A cidade de Bilbao, que há quatro anos organiza a final do Grand Slam, que reúne os grandes mestres de xadrez do mundo, já havia compartilhado a sede do torneio com Xangai no ano passado.

O protocolo assinado nesta segunda-feira contempla também a colaboração entre ambas as cidades nos âmbitos esportivo, cultural, recreativo e educativo, segundo informações da prefeitura da cidade espanhola.


30.07.11 Empresa trava disputa entre Nikon e Canon no xadrez
Nikon e Canon Tabuleiro conta com lentes fotográficas de verdade como peças. Aluguel chega a US$ 53 mil

Os fotógrafos que divergem sobre qual marca de câmera fotográfica é melhor, Nikon ou Canon, agora poderão defender suas preferidas no jogo. A LesRentals.com, empresa especializada no aluguel de equipamentos de fotografia, lançou um jogo de xadrez que usa lentes de verdade como peças.

O tabuleiro tem o tamanho apropriado de 30 cm para receber as 32 peças: reis de 600mm, rainhas de 500mm, bispos de 400mm, cavalos de 300mm, torres de 200mm e peões de 70/200mm.

Para quem quer ter a chance de dar um xeque-mate tão especial, o aluguel de uma semana custa US$ 10 mil, mas é possível ficar com o jogo por até 90 dias pagando um preço de US$ 53 mil. Ah, e quem quiser, pode inserir as lentes na máquina fotográfica e eleger qual delas é digna de ganhar esse jogo.


01.07.11 Fenômeno do xadrez, brasileira de 12 anos diz odiar Restart.
Katherine Vescovi
Katherine Vescovi, filha de Giovanni Vescovi, enfrenta adversária mais velha

Se você que gosta de xadrez tiver oportunidade de enfrentar uma menina de 12 anos, talvez pense em facilitar a ação da rival para tornar o jogo mais equilibrado. Mas esta não é exatamente a estratégia adequada quando a adversária é Katherine Vescovi, cuja destreza nos movimentos com torres e cavalos somada à série de vitórias contra garotas mais velhas constroem a reputação de menina-prodígio da modalidade no país.

Filha de Giovanni Vescovi, heptacampeão brasileiro adulto e número 1 do ranking do país, Katherine rapidamente chegou ao status de grande promessa do xadrez feminino nacional, graças a um currículo de bicampeã paulista, bicampeã brasileira, campeã sul-americana e um 23º lugar no Mundial da Turquia. Além disso, a jovem enxadrista já acumula vitórias em torneios sub-18.

A rotina de Katherine em São Paulo combina a escola com aulas de xadrez e exercícios de cálculos voltados para o esporte. “Quase todo dia jogo com o meu pai e com o meu irmão. Indo para a escola, no trânsito, a gente vai resolvendo alguns cálculos, jogando às cegas dentro do carro, sem o tabuleiro mesmo”, conta a extrovertida campeã.

Na escola, Katherine conta levar na boa as brincadeiras sobre “ser uma nerd”. No entanto, a enxadrista de 12 anos diz ser uma menina das mais normais, que gosta de dançar e de música pop. Mas a campeã dos tabuleiros não integra a massa de fãs da banda Restart, composta principalmente por adolescentes da sua faixa etária, como algumas de suas amigas.

“Nem pensando. Odeio Restart. Gosto mais de Kate Perry e de Shakira”, afirma a campeã de xadrez, revelando preferências estrangeiras.

Mas se a popular banda do vocalista Pe Lanza não entusiasma Katherine, a enxadrista revela que quem faz mesmo a sua cabeça é o quarentão Garry Kasparov, considerado um dos maiores nomes da modalidade em todos os tempos. A jovem campeã diz que adora ler a respeito do jogo do ídolo russo.

O êxito precoce fez a menina receber um patrocínio da Semp Toshiba, multinacional de tecnologia que banca as despesas de suas viagens para competições já há alguns anos. Já o trabalho com professores de primeira linha é um investimento que sai do bolso do pai.

O currículo de campeã precoce e o sobrenome ilustre dentro do universo de xadrez brasileiro tornam Katherine o nome a ser batido em muitos torneios. Por isso, em casa, o pai Giovanni procura trabalhar para dosar pressão e ansiedade da filha dentro do ambiente de competição. Muitas vezes os dois travam duelos domésticos no tabuleiro, em que o Vescovi mais experiente não costuma aliviar.

“Procuro levar o jogo de uma forma equilibrada, para que ele se prolongue. Na maior parte das vezes, busco orientar ela durante a partida, mesmo sendo uma brincadeira. Digo coisas como onde pode atacar, qual a prioridade da defesa. Quero passar algum conteúdo. Mas não acho legal os pais ficarem entregando o jogo só para deixar a criança feliz, transmitindo uma falsa sensação de felicidade”, afirma Giovanni, jogador com status de Grande Mestre e integrante do top 100 do mundo desde 2002.

Pai e filha quase tiveram que jogar “pra valer” em uma oportunidade, em um torneio que mesclava categorias. O duelo não aconteceu por pouco, mas em casa Katherine desafia o irmão mais novo Giovanni quase diariamente.

“Normalmente eu ganho, mas ele vai melhorando e isso ajuda os dois. Quando um leva um mate (xeque-mate) legal, corre para chamar o pai e a mãe para mostrar”, diz, citando o termo que descreve a clássica jogada de definição do xadrez.

Mais experiente depois de seu primeiro Mundial, Katherine espera neste ano melhorar sua posição na edição que será disputada no Brasil, no segundo semestre. No torneio a jovem deseja reeditar a partida de maior rivalidade de sua breve carreira. “Existe rivalidade quando a gente perde. Quero me vingar da menina que ganhou de mim. É uma polonesa, Agneska. Não lembro o sobrenome”, afirma, com bom humor.

Enquanto o momento da revanche contra a algoz polonesa não chega, Katherine seguirá mesclando a vida entre o xadrez e a escola, onde conseguiu melhorar na matéria em que tinha mais dificuldade. Segundo seu pai, graças ao raciocínio desenvolvido em cima dos tabuleiros.

“Minha filha era muito ruim em matemática, ela não conseguia entender os números, isso me preocupava. Mas depois de uns dois ou três anos de treinamento sério, teve uma mudança brutal. Antes ela tinha um lado mais artístico. Não que isso fosse ruim. Mas agora ela vai bem também em matemática”, conta o pai Giovanni, orgulhoso.

Fonte: http://180graus.com

18.06.11 Kadhafi joga xadrez com o presidente da Fide
Rússia: jogador de xadrez expôs o país ao visitar Kadhafi na Líbia
Kadhafi joga xadrez com o presidente da Fide

Líbia: Tripoli - A televisão mostrou domingo à noite imagens do coronel Muammar Kadhafi jogando xadrez com o Presidente da Federação Internacional de Xadrez (Fide), o russo Kirsan Ilioumjinov.

A festa contou com a presença de Mohamed, o filho mais velho do coronel Kadhafi, que preside o Comitê Olímpico líbio e gere o setor das telecomunicações na Líbia.

Uma tela na sala transmitia os programas da televisão líbia com uma faixa verde indicando a data de 12 de Junho de 2011.

MOSCOU — O Kremlin indicou nesta segunda-feira que o presidente russo da Federação Internacional de Xadrez (FIDE), Kirsan Ilyumzhinov, expôs ao coronel Muamar Kadhafi a posição oficial da Rússia sobre a Líbia em uma visita a Trípoli.


"Segundo as informações de que dispomos, Kirsan Ilyumzhinov, durante sua conversa com Muamar Kadhafi, expôs a posição oficial da Rússia sobre os acontecimentos na Líbia", declarou o conselheiro diplomático do presidente russo, Serguei Prikhodko, citado pela agência Itar-Tass.
"A administração presidencial russa estava ciente de todos os detalhes desta visita", acrescentou sem apresentar maiores detalhes.
Ilyumzhinov afirmou que seu encontro no domingo com Kadhafi, com o qual jogou uma partida de xadrez, não tinha caráter político e que não havia recebido instruções a respeito das autoridades russas.
Consultado nesta terça-feira em uma entrevista coletiva à imprensa em Moscou, Ilyumzhinov respondeu que não faria "mais comentários políticos" sobre seu encontro com Kadhafi.
Ilyumzhinov, personagem excêntrico que disse certa vez ter se encontrado com extraterrestres usando "escafandros amarelos", ressaltou que esta visita estava prevista há um ano, com o objetivo de organizar na Líbia um torneio internacional de xadrez.
Multimilionário fã de limusines, Ilyumzhinov foi presidente da região russa de Kalmukia, de maioria budista, entre 1993 e 2010.
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